sábado, 17 de setembro de 2011

A Questão Christie e a Moral do Brasil no Império (Parte I)

Caros leitores,

hoje inicia-se uma nova série de postagens deste Blog. O objetivo é relatar com fatos (muitas vezes escondidos pela História tradicional) o embate diplomático entre o Brasil Império e a maior potência do planeta da época, a Inglaterra. Embate este que provocou o rompimento das relações diplomáticas entre os dois impérios e que mostrou a dignidade a qual o Brasil, bem como seu Imperador, D. Pedro II, gozavam.

Antes de conhecermos mais sobre o que foi a Questão Christie, é interessante compararmos a moral que o Brasil tinha naquele tempo, com a que usufruímos hoje. Outros países, atualmente, nos vêem apenas como o país do futebol e carnaval (mesmo nós brasileiros costumamos seguir essa máxima). Promiscuidade no carnaval, "jeitinho brasileiro" em todos os âmbitos da sociedade, brasileiros sendo deportados e impedidos de entrar em alguns países como a Espanha (em casos que não havia nada de errado com a documentação das pessoas), piadas de comediantes internacionalmente famosos sobre as drogas no nosso país... enfim, se ilude quem pensa que brasileiro é bem visto no mundo inteiro. Se ilude mesmo!

O Brasil precisa recuperar sua dignidade enquanto Nação soberana! Nunca a recuperaremos enquanto tivermos chefes de Estado corruptos e que não dão o exemplo. Isso, para mim, é fato! Uma República Parlamentarista não resolveria o problema. Imaginem um Chefe de Estado e um Chefe de Governo de partidos opostos... A confusão ia ser grande e praticamente nada funcionaria.

Em uma Monarquia Parlamentar, o Chefe de Estado sendo o Imperador (pessoa indicada para o cargo, pois vem de uma família cuja vida pública é conhecida e educado desde cedo para assumir tal função), alguém supra partidário que não deve sua posição a nenhum partido político, apenas ao Povo, do qual é representante maior, temos a chance de ter alguém que represente bem o Brasil e seu povo fora do país e que sirva de exemplo e modelo de cidadão a ser seguido pelos outros.

A partir da próxima postagem, entenderemos melhor como essa moral pode influenciar um povo inteiro. Termino esta postagem com a frase de Monteiro Lobato sobre essa honra no Trono brasileiro:

"O juíz era honesto, se não por injunções da própria consciência, pela presença da Honestidade no trono. O político visava o bem público, se não por determinismo de virtudes pessoais, pela influência catalítica da virtude imperial. As minorias respiravam, a oposição possibilitava-se: o chefe permanente das oposições estava no trono. A justiça era um fato: havia no trono um juiz supremo e incorruptível."

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